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Ao contrário do que muita gente pensa, suplementos alimentares e anabolizantes esteróides são completamente diferentes. Primeiro é preciso entender que existem anabolizantes e anabolizantes esteróides sintéticos.
Anabolizante é todo nutriente que ingerimos que contribua no aumento de massa muscular, como arroz e feijão.
Já os anabolizantes esteróides são hormônios sintéticos fabricados para estimular o desenvolvimento e crescimento de tecidos do corpo. Algumas pessoas fazem uso de anabolizantes para conseguir ganhar o corpo desejado e força física de forma mais rápida, porém o uso dos anabolizantes pode trazer sérios riscos e danos irreversíveis à saúde, como o aumento no nível de colesterol, problemas cardíacos, distúrbios de sono, hipertensão arterial, alteração de humor, crescimento de pelos, mudança na voz, acne, entre outros. Os anabolizantes esteróides podem ser consumidos de diversas formas: injetáveis, orais, cremes, supositórios, cápsulas.
Suplementos alimentares são compostos naturais que têm a função de complementar uma dieta normal, fornecendo proteínas, carboidratos, vitaminas, fibras e sais minerais. Não só os atletas de grande performance podem consumir suplementos, mas sim, todos os praticantes de atividades físicas, pessoas que buscam perder ou aumentar seu peso, pessoas com deficiências nutricionais. Os suplementos alimentares estão sendo cada vez mais procurados, devido à correria do dia a dia muitas pessoas não têm tempo de se alimentar corretamente, e os suplementos complementam com as proteínas e vitaminas necessárias para uma boa dieta.
Fonte: Blog MHP Brasil.
Anabolizante natural? Viagra natural? Repositor Hormonal? Sem efeitos colaterais?
Quem lê a respeito dessa planta chega a conclusão que é algo
revolucionário. Uma planta que promete tanto, a um preço baixo e que
pode ser encontrada (sem necessitar receita médica) em qualquer casa de
suplementos e produtos naturais, internet e farmácias. É fantástico!
Será que ele realmente cumpre o que promete? Será que ele realmente é
bom para nós body builders? Será o fim dos esteróides anabolizantes?
Entre alguns dos benefícios primários prometidos pelo Tribulus Terrestris podemos citar tônico sexual (daí o nome de Viagra natural) e estimulador de produção natural de testosterona, este último que chama em especial a atenção de nós body builders.
Sinceramente, mesmo não havendo muitos estudos científicos que
comprovem realmente os benefícios do Tribulus, acreditamos que algumas
pessoas, em especial as de idade mais avançada ou que clinicamente por
algum motivo possuam uma baixa produção natural de testosterona, podem
obter o benefício prometido do tribulus, e ainda aumento de força e
vigor.
Como nosso blog é sobre body building, estaremos comentando o uso do
tribulus voltado às pessoas que praticam esta modalidade e se sentiram
atraídas por este produto.
A maioria de nós praticantes de musculação, adultos e jovens,
experimentam muito pouco benefício com o tribulus. Procuramos nos
embasar em um fator predominante: resultados, experiência pessoal nossa e
de nossos colegas de ginásio. Só escuta-se elogios referentes ao
tribulus terrestris vindo de vendedores e praticantes iniciantes ou
intermediários da musculação. Hora, ao ingressar-mos na musculação
qualquer dieta ou programa de treino fajuto nos da resultados
fantásticos. Até mesmo intermediários com boa dieta e treinamento
adequado experimentam ótimos resultados, e por que então atribuir esses
resultados ao tribulus? Por que não vemos body builders com 50 cm de
braço idolatrando o tribulus? Se fosse possível mesmo um aumento
dramático da massa muscular, esses produtos já não poderiam terem sido
retirado das prateleiras? Pense.
A conclusão que podemos chegar é que tribulus terrestris voltado ao crescimento muscular
apresenta irrelevante ou nenhum resultado, principalmente aos
esportistas em boas condições de saúde. Quem sabe para outros fins, mas
este com certeza não.
Alguns usuários de anabolizantes procuram fazer uso do tribulus
terrestris ao final de um ciclo de esteróides com o intuito de reposição
hormonal, e não ganho de massa muscular. Como a produção natural de
hormônios é suprimida, a idéia era que o tribulus terrestris pudesse
naturalmente normalizar essa produção, na chamada terapia pós ciclo
(TPC). Embora não há nenhum estudo que comprove a eficiência do
tribulus, algumas pessoas experimentam por conta e risco próprios e, afirmam
bons resultados nesta normalização dos níveis hormonais. Efeito placebo
a parte, muito pouco deles fizeram realmente um acompanhamento médico
durante seu ciclo ou exame para constatar tal fato. As informações são
jogadas ao vendo e se tornam verdade absoluta com base em nada.
A efedrina é um componente dietético consumido por atletas de
diferentes modalidades esportivas (Casella et al, 2014). Analisando o
consumo de estimulantes por atletas universitários de hóquei, um estudo
mostrou através de um questionário que mais da metade dos atletas
(51,8%) utilizavam os estimulantes antes de um jogo de hóquei ou outra
prática esportiva. Dentre 139 pesquisados 51,8% do total de pesquisados
(n=139) foi relatado que já tinham feito uso da efedrina na busca de
melhorar o desempenho atlético (48,5%) dos praticantes.
Outro dado observado é que mais da metade (55,4%) estavam cientes da
proibição do uso da efedrina no país (Bents & Marsh, 2006). Em um
recente estudo foi visto que 15,2% dos adultos americanos utilizam
suplementos alimentares sem a prescrição médica visando a perda de peso.
Dentre estes a efedrina, que em fevereiro de 2004 foi proibida pela
Food and Drug Administration, pois foi comprovado um aumento do risco de
arritmias, hipertensão e mortalidade após o uso dos produtos que
continham estes simpaticomiméticos ou drogas adrenérgicas (Peterson et
al, 2008).
Devido ao alcaloide ser utilizado amplamente, tem sido motivo de
estudos mesmo sem muitas evidências de possíveis efeitos ergogênicos
para performance esportiva (Bohn et al, 2003). Muitos deles acham que
estão ingerindo outra substância como a Ma Huang na tabela nutricional,
porém não imaginam que o extrato é rico em efedrina, considerada assim
uma pseudo-efedrina, já que em 250mg do extrato se encontram 20mg de
efedrina. Geralmente o uso está associado a quem procura uma rápida
perda de peso e redução de ganho energético. Seu uso está associado a
implicações psicoativas, tais como taquicardia, arritmias e doenças
cardiovasculares (Hall et al, 2014).
Um relato de caso no estudo de Fort et al (2006) mostrou que um
paciente do sexo masculino, de 28 anos que lutava vale-tudo era usuário
do suplemento Therma-Pro ®. O paciente utilizava 4 comprimidos/dia do
Therma-Pro ® quando teria de perder 12kg em 20 dias para a luta,
associado a um treinamento físico intenso e dieta. No seu terceiro dia
de uso já apresentava uma dor torácica de forte intensidade, e após 6
dias do sintoma inicial o paciente já apresentava síncope e hemiparesia
direta (problemas relacionados com o déficit motor e paralisia parcial
do corpo). Porém, mesmo após intervenção de 30 dias o paciente
apresentou insuficiência cardíaca.
Outro relato foi em uma mulher de 19 anos, que fazia uso da efedrina
relatando que o alcaloide poderia levar a uma performance no esporte.
Após 10 dias de uso de efedrina, a mesma desenvolveu taquicardia
ventricular (Rakovec et al, 2006). Mais dois casos foram investigados e
foi visto que a arritmias ventriculares foram relacionadas ao uso
abusivo de efedrina. Por meio de uma biópsia foi notado uma necrose e
uma lesão miocárdica pelo excesso de catecolaminas (Casella et al,
2014). Em outro relato, um homem de 36 anos foi levado ao serviço de
emergência após entrar em colapso durante a execução de uma maratona, e
novamente foi notado um quadro de taquicardia, e sudorese excessiva.
Antes da corrida o indivíduo confirmou ter consumido um suplemento dado
por um amigo, que continha altas doses de efedrina (60mg) (Rhidian,
2006). Isso se deve porque após a liberação de catecolaminas endógenas,
há uma maior estimulação de receptores adrenérgicos α-1, β-1 e β-2, e
causam diversas reações como vasoconstrição, elevação da pressão
arterial e frequência cardíaca (Forte et al, 2006). Isto porque os
receptores de efedrina no corpo humano são encontrados em células que
incluem coração, pulmões e os vasos sanguíneos (Chen et al, 2012). O que
corrobora que uma substância que pode aumentar efeitos sobre o sistema
cardiovascular, também podem desencadear taquicardia e outras
complicações relacionadas ao coração.
Mais cuidado ao comprar seu termogênico, as empresas de suplementos
alimentares principalmente as estrangeiras utilizam o artifício de usar
nomes científicos como a Ma Huang para a efedrina ou 1,3,7
trimetilxantina para cafeína, no meio de ludibriar o consumidor.
Questione quem lhe indicou, será que estes sabem dos relatos constatados
até aqui? Olha que foram poucos, poderia fazer um artigo só de relatos
da efedrina e problemas relacionados ao coração.